Segundo os dados do Ministério da Saúde, desde agosto de
2006, pelo menos 60 pessoas morreram em filas sem conseguir operações. A demora
foi tanta que 199 doentes perderam a indicação clínica.
“Causa perplexidade o fato de que, apesar de essas unidades
terem orçamentos generosos, haja tantos pacientes esperando por uma cirurgia” diz
o defensor federal Daniel Macedo (titular do Segundo Ofício de Direitos Humanos
e Tutela Coletiva) que têm até março para apresentar um plano para acabar com
as filas em um ano.
“Uma moradora do Méier (Rio de Janeiro), dona de casa,
Leidimar Maria da Silva, que teve um rim transplantado no Hospital Federal de
Bonsucesso há um ano e sete meses, bateu à porta da unidade no início de
dezembro com uma trombose no braço esquerdo. Sem vaga no setor de transplantados,
acabou na emergência que funciona em contêineres há quatro anos. Lá, ficou das
18h daquele fim de tarde até as 9h do dia seguinte, sentada numa cadeira, sem
água até para tomar remédios.”
O drama de Leidimar não é um caso isolado. Pacientes têm que
conviver com a precariedade dos seis hospitais gerais federais da cidade, tendo
um déficit de 1.226 médicos. Os pacientes enfrentam ainda longas filas por
cirurgias. Uma ata de audiência de conciliação na 3ª Vara Federal — resultado
de uma ação movida pela Defensoria Pública — revela o número de pessoas que
aguardam a vez para serem operadas nessas unidades: 15.591.
Segundo os relatos citados, concluímos que as condições de
atendimentos hospitalares no Brasil estão em situações precárias, com falta de
estrutura, médicos e leitos. Não apenas no Rio de Janeiro mas em várias outras regiões
do Brasil, sabe-se que mais de 75% da população brasileira depende
exclusivamente do SUS (sistema único de saúde), e portanto necessita que consiga
resolver as necessidades das pessoas que dependem dessa sistema de saúde como
único recurso. Conclui-se que falta muito para atender as expectativas da própria
população brasileira em relação a saúde pública do nosso pais, como então conseguiríamos
atender as necessidades de pessoas de outros países que vêm para o nosso com a
intenção de melhorias em suas vidas, ressaltando que falta muito ainda para
atendermos as nossas necessidades e para chegarmos a uma solução de termos algo
que realmente funcione para a nossa população.
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